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"Bíblia: o Livro da Esperança"

Bíblia, o Livro da Esperança


Ainda há esperança


Habacuque 2.20-3.17

- Não é incomum ouvirmos expressões como:

Deus não fala mais

Deus não age mais

Deus não existe mais

Não há mais esperança (Efésios 2.12)

- Habacuque inicia sua profecia pensamentos semelhantes (c. 1). O Profeta estava impactado pela violência dos babilônios, que arrasavam a terra, impondo o terror por toda a parte.

- No c. 2, Habacuque se recolhe em oração (torre de vigia, v. 1) e obtém resposta de Deus.

- Assim, no c. 3, o Profeta chega à conclusão que há esperança, sim, e que esta esperança não é um mote político, um refrão desgastado, uma frase de efeito, mas se acha fundada em Deus, no seu falar e no seu fazer. Vejamos:


I – Deus fala, sim. Nós é que não prestamos a devida atenção


1. Muitas coisas nos chamam a atenção: o noticiário, os interesses econômicos, os ditames da moda. Quem tem tempo para ouvir a voz de Deus com tantas coisas zumbindo no ouvido?

2. Talvez, confundimos o falar de Deus com a voz do nosso próprio coração. Assim, só ouvirmos o que nos agrada e não o que o Senhor fala.

3. No c. 1 Habacuque se revela desta forma, até que ele efetivamente empresta atenção à voz do Senhor (c. 3). O que o levou a ficar espantado: “tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado” (v. 2).

4. “Alarmado”, ou seja, “soou um alarme”. Quando um alarme soa devemos dar toda a atenção. Os sinais de dor em nosso corpo são sinais de que algo não vai bem. A Palavra de Deus precisa doer um pouco em nós. Precisamos de seu “puxão de orelhas”, de suas advertências, de suas admoestações.

5. Bíblia, livro da esperança. As Escrituras inspiram nossa esperança, porque apontam para o fato de que o Senhor está falando conosco. O silêncio de Deus é muito mais ameaçador. Não devemos fugir da voz do Senhor, do seu chamado, do convite da sua graça, da sua convocação para serví-lo.


II – Deus age, sim. Nós é que não temos suplicado a sua intervenção


1. O primeiro pedido do profeta em sua oração é: “aviva a tua obra, ó Senhor”. Muitos vêem neste versículo, apenas, um clamor em prol de um avivamento localizado, do tipo: “Senhor aviva a nossa Igreja”, quase acrescentando: “não a Igreja ali da esquina”. O que está em jogo é a obra do Senhor, ou seja, as operações dEle no mundo.

2. O Deus que agiu no passado é o mesmo que age no presente. Mas temos suplicado sua intervenção. É preciso coragem. Porque as implicações são muito grandes.

O que segue, nesta oração do profeta, é uma descrição do agir divino e convenhamos, não é nada fácil. Deus intervém, na história, na natureza, nas autoridades, nas sociedades, nos indivíduos. O avivamento de que falamos algumas vezes não passa de um verniz litúrgico e algo para amoldar-se ao nosso gosto. O agir de Deus é muito mais profundo.

3. Bíblia, livro da esperança. Há esperança quando tomamos ciência do agir de Deus na história da Redenção. Seu agir cria o céu e a terra. Seu agir dá vida ao homem. Seu agir restaura, renova.


III – Deus existe, sim, e é grande em misericórdia


1. Não é prudente ficar sob a ira de Deus. Jesus advertiu: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3.36).

2. Habacuque se antecipou ao dito de Jesus e orou: “na tua ira, lembra-te da misericórdia” (v. 2). É bem preventivo.

3. O ateísmo é muito peculiar. Certo colunista da FSP, comentando a respeito da polêmica suscitada por Richard Dawkins, autor do livro “Desilusão com Deus”, afirmou que “quando dizemos que acreditamos em Deus, poderíamos substituir a palavra "Deus" por outras: o Transcendente, o Dever, a Natureza, o Senso de uma Harmonia Cósmica, a Ordem Espiritual a Que Aspiramos, o Sublime, a Eternidade, e que de fato é irrelevante se Deus existe ou não”.

4. Há o ateísmo prático que nos seduz, levando-nos a pensar que podemos abrir mão da misericórdia de Deus. Que podemos nos redimir pelo esforço pessoal. Que podemos ser juízes uns dos outros, afinal, se não precisamos receber misericórdia, também, não precisamos dar misericórdia. Neste caso, não deveríamos nem orar o “Pai Nosso”.

5. Bíblia, livro da esperança. Há esperança quando nos aproximamos com fé do Senhor, crendo não somente que ele existe mas que se torna galardoador de todos os que o temem (Hebreus 11.6), é o que a Palavra nos ensina.


IV – Há esperança, sim, ainda que...


1. “Ainda que” (v. 17). “Todavia” (v. 18). Ainda que nada vá bem, todavia eu me alegro no Senhor. Ainda que tudo vá bem, todavia eu me alegro no senhor.

2. Quem é o Senhor em quem nos alegramos:

a) É o Deus da nossa salvação. Somente o discernimento pleno do estado de perdição em que nos encontramos sem Cristo pode nos dar o valor de termos o Senhor como o Deus da nossa salvação.

b) É o Deus que é nossa fortaleza. Ele é a nossa proteção contra todo o tipo de inimigo. Visível e invisível. Material e espiritual. Presente e futuro.

c) É o Deus que nos impulsiona. Pés ligeiros, andar elevado.


Acad. Juarez Marcondes Filho (Cad. 06).

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